PF: empresa investigada transferiu R$ 485 mil para ex-servidores em Barra do Garças

Polícia diz que construtora disputou licitação apenas para dar ares de legalidade ao processo


Por Rota Araguaia em 12/04/2024 às 18:59 hs

PF: empresa investigada transferiu R$ 485 mil para ex-servidores em Barra do Garças
Divulgação

Redação

A Polícia Federal identificou que dois ex-servidores da Prefeitura de Barra do Garças receberam mais de R$ 485 mil da Sorte Construtora Eireli, empresa apontada como uma "empresa de fachada" e alvo da Operação Caliandra, deflagrada na última quarta-feira (10).

Harley Pereira Branco e Demilson Alves Martins estão entre os investigados pela operação, que visa apurar irregularidades na aplicação de recursos públicos federais repassados ao Município durante a gestão do ex-prefeito Roberto Farias. Os recursos, estimados em cerca de R$ 9 milhões, seriam destinados a obras na área de turismo.

A Sorte Construtora Eireli participou de uma licitação para as obras de revitalização da Orla do Rio Garças e da Praça Domingos Mariano, contrato assinado em abril de 2020 no valor de R$ 3,1 milhões. No entanto, segundo a PF, a empresa é suspeita de ser de fachada, tendo participado do processo licitatório apenas para legitimar o certame.

Demilson Alves atuava como auxiliar de contabilidade na Prefeitura, enquanto Harley Pereira era o engenheiro fiscal de uma das obras sob suspeita de destinação irregular de recursos. Segundo as investigações, as transações entre os ex-servidores e a Sorte Construtora ocorreram entre julho de 2020 e janeiro de 2021, após a saída de Harley da Prefeitura em abril de 2020.

A PF constatou que a empresa envolvida nas transações não possuía existência física, com os endereços informados correspondendo a residências particulares. Laura Michelle Rodrigues Mota, proprietária da Sorte Construtora, também foi alvo de busca e apreensão durante a operação.

O esquema, segundo a PF, envolvia desde a elaboração dos projetos até a execução das obras, com direcionamento dos procedimentos licitatórios para beneficiar determinadas empresas. Foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão em cidades de Mato Grosso e Goiás.



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